Por Maria Aparecida
Josefino e Yuri Sala Magnus,
acadêmicos do Curso de Administração e Adriana Peccin Consultora empresarial,
professora e coordenadora do Curso de Administração Ulbra Torres/RS
O
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR JOVEM
A
cada instante cresce mais a influência do mercado juvenil diante das grandes
corporações. Internet, revistas segmentadas, programas de televisão, whatApp,
blogs e outros meios de comunicação povoam o cotidiano de muitos jovens no
mundo inteiro. Nos últimos anos, ocorreu no Brasil um crescente interesse pelas
mídias por parte dos adolescentes e das próprias empresas investidoras. Os
grandes sucessos de divulgação de produtos e criação de oportunidades são
gerados pelo manuseio de ferramentas integradas de comunicação.
O
mercado consumidor é composto por diversos grupos sociais, econômicos e
culturais, não se definindo exatamente um perfil padrão, homogeneizado, em que
de uma única e simples maneira a informação será penetrante e sua interpretação
será a mesma para todos.
O
cenário atual traz um fato fundamental e de grande importância: uma projeção
para 2020, considerando com base o período de1980 até os dias de hoje, indica
uma diminuição constante em todas as faixas etárias que englobam a infância e a
adolescência, com maior ênfase na faixa de 0 a 4 anos, que cai de 14% para 8%
em 2020. As faixas de15 a19 anos e de 20 a 24 anos mantêm-se estáveis no
período de 1999 até 2003, mas depois começam a declinar (IBGE, 2000). Frente a
esse panorama e às colocações realizadas no início foi observado que o
comportamento do jovem brasileiro sofre influências sociais, econômicas e
culturais. O comportamento do jovem frente ao consumo é bastante influenciado,
principalmente, pelo aspecto social (status), que tem relação direta com a
aceitação pelo grupo a qual pertence. O aspecto econômico acaba sendo
administrado pela forma como satisfazer os desejos de consumo dentro da
realidade que convivem. Independentes da classe a que pertencem, os
comportamentos são muito parecidos quando se trata de consumo. Do ponto de
vista psicológico, a necessidade de “fidelidade à marca” (inúmeras vezes
adquirindo falsificações ou produtos pirateados), tem um caráter
importantíssimo no desenvolvimento psicossocial e sexual do indivíduo. A maneira
como adquire, muitas vezes, acaba sendo irrelevante para ele, importando apenas
satisfazer sua necessidade a fim de se adaptar ao mundo que vivencia.
Embora
nos dias de hoje o comportamento do consumidor jovem venha mudando devido à
necessidade de participar do orçamento doméstico e o fato de que muitos
trabalham em tempo integral, há uma parcela grande que opta por morar com os
pais até mais tarde para que não tenham gastos fixos e possam usar seu dinheiro
para poder adquirir os bens de consumo
que tanto almejam.
Neste
segmento há um destaque maior para o público feminino ,pois a mulher por sofrer transformações hormonais constantes tende a adquirir o
hábito de comprar para satisfazer os desejos momentâneos, já que por mudar de
opinião mais facilmente volta logo a comprar para que possa se sentir realizada.
Passar em frente às vitrines e não
gastar nem um centavo é uma tarefa difícil para a maior parte dos mortais,
especialmente para as mulheres. Mais cobradas pela sociedade no sentido de que
beleza, vaidade e feminilidade sejam fundamentais, elas sem dúvida, gastam mais
do que homens com roupas e sapatos, entre inúmeros outros artigos. Para muitas
delas, porém, isso não é sinal de maior irresponsabilidade nas relações com o
dinheiro, mas, sim, que ainda há uma cobrança, velada, sobre o cuidado com sua
aparência, exigindo delas um gasto maior para estar dentro dos padrões.
O
homem atualmente continua preferindo comprar em primeiro lugar o carro, mas
nota-se uma mudança crescente no que
vinha em segundo plano, onde antes vinham os jogos e festas em grupos ,hoje a
moda e a procura por acessórios tem tomado espaço significativo para a inserção
aos novos ambientes.
No
sentido de como educar os jovens para se tornarem conscientes de suas
verdadeiras necessidades e de que precisarão fazer escolhas inteligentes ,será
necessário mostrar-lhes como reverter
esta situação. Mas como contornar esta realidade onde o que realmente importa é
apenas o poder de consumo? Segundo os psicólogos a solução do problema está
próxima: “Embora o jovem já esteja no
mercado de trabalho com o amadurecimento ele irá verificar por si só que outras
coisas lhe serão exigidas, além da aparência e do poder aquisitivo. Ter mais
responsabilidade é uma delas e com isso o jovem vai descobrir as suas
qualidades e aos poucos irá abandonar as etiquetas externas e as compras
excessivas.
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