segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O comportamento do consumidor jovem


Por Maria Aparecida Josefino e Yuri Sala Magnus, acadêmicos do Curso de Administração e Adriana Peccin Consultora empresarial, professora e coordenadora do Curso de Administração Ulbra Torres/RS

O COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR JOVEM

A cada instante cresce mais a influência do mercado juvenil diante das grandes corporações. Internet, revistas segmentadas, programas de televisão, whatApp, blogs e outros meios de comunicação povoam o cotidiano de muitos jovens no mundo inteiro. Nos últimos anos, ocorreu no Brasil um crescente interesse pelas mídias por parte dos adolescentes e das próprias empresas investidoras. Os grandes sucessos de divulgação de produtos e criação de oportunidades são gerados pelo manuseio de ferramentas integradas de comunicação.

O mercado consumidor é composto por diversos grupos sociais, econômicos e culturais, não se definindo exatamente um perfil padrão, homogeneizado, em que de uma única e simples maneira a informação será penetrante e sua interpretação será a mesma para todos.

O cenário atual traz um fato fundamental e de grande importância: uma projeção para 2020, considerando com base o período de1980 até os dias de hoje, indica uma diminuição constante em todas as faixas etárias que englobam a infância e a adolescência, com maior ênfase na faixa de 0 a 4 anos, que cai de 14% para 8% em 2020. As faixas de15 a19 anos e de 20 a 24 anos mantêm-se estáveis no período de 1999 até 2003, mas depois começam a declinar (IBGE, 2000). Frente a esse panorama e às colocações realizadas no início foi observado que o comportamento do jovem brasileiro sofre influências sociais, econômicas e culturais. O comportamento do jovem frente ao consumo é bastante influenciado, principalmente, pelo aspecto social (status), que tem relação direta com a aceitação pelo grupo a qual pertence. O aspecto econômico acaba sendo administrado pela forma como satisfazer os desejos de consumo dentro da realidade que convivem. Independentes da classe a que pertencem, os comportamentos são muito parecidos quando se trata de consumo. Do ponto de vista psicológico, a necessidade de “fidelidade à marca” (inúmeras vezes adquirindo falsificações ou produtos pirateados), tem um caráter importantíssimo no desenvolvimento psicossocial e sexual do indivíduo. A maneira como adquire, muitas vezes, acaba sendo irrelevante para ele, importando apenas satisfazer sua necessidade a fim de se adaptar ao mundo que vivencia.

Embora nos dias de hoje o comportamento do consumidor jovem venha mudando devido à necessidade de participar do orçamento doméstico e o fato de que muitos trabalham em tempo integral, há uma parcela grande que opta por morar com os pais até mais tarde para que não tenham gastos fixos e possam usar seu dinheiro para  poder adquirir os bens de consumo que tanto almejam.

Neste segmento há um destaque maior para o público feminino  ,pois a mulher por sofrer transformações  hormonais constantes tende a adquirir o hábito de comprar para satisfazer os desejos momentâneos, já que por mudar de opinião mais facilmente volta logo a comprar para que possa se sentir realizada. Passar em frente às vitrines  e não gastar nem um centavo é uma tarefa difícil para a maior parte dos mortais, especialmente para as mulheres. Mais cobradas pela sociedade no sentido de que beleza, vaidade e feminilidade sejam fundamentais, elas sem dúvida, gastam mais do que homens com roupas e sapatos, entre inúmeros outros artigos. Para muitas delas, porém, isso não é sinal de maior irresponsabilidade nas relações com o dinheiro, mas, sim, que ainda há uma cobrança, velada, sobre o cuidado com sua aparência, exigindo delas um gasto maior para estar dentro dos padrões.

O homem atualmente continua preferindo comprar em primeiro lugar o carro, mas nota-se uma   mudança crescente no que vinha em segundo plano, onde antes vinham os jogos e festas em grupos ,hoje a moda e a procura por acessórios tem tomado espaço significativo para a inserção aos novos ambientes.

No sentido de como educar os jovens para se tornarem conscientes de suas verdadeiras necessidades e de que precisarão fazer escolhas inteligentes ,será necessário mostrar-lhes  como reverter esta situação. Mas como contornar esta realidade onde o que realmente importa é apenas o poder de consumo? Segundo os psicólogos a solução do problema está próxima: “Embora o jovem já esteja  no mercado de trabalho com o amadurecimento ele irá verificar por si só que outras coisas lhe serão exigidas, além da aparência e do poder aquisitivo. Ter mais responsabilidade é uma delas e com isso o jovem vai descobrir as suas qualidades e aos poucos irá abandonar as etiquetas externas e as compras excessivas.

 

 

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